sábado, 31 de outubro de 2015

Orixás-Omolu/Obaluaê

Omolu/Obaluaê
DIA: Segunda-feira
CORES: Preto, branco e vermelho.
SÍMBOLOS: Xaxará ou Íleo, lança de madeira, lagidibá.
ELEMENTOS: Terra e fogo do interior da Terra.
DOMÍNIOS: Doenças epidêmicas, cura de doenças, saúde, vida e morte.
SAUDAÇÃO: Atotô!!! 
Omolu é a Terra! Essa afirmação resume perfeitamente o perfil deste orixá, o mais temido entre todos os deuses africanos, o mais terrível orixá da varíola e de todas as doenças contagiosas, o poderoso “Rei Dono da Terra”.
Na África são muitos os nomes de Omolu, que variam conforme a região. Entre os Tapas era conhecido Xapanã; entre os Fon era chamado de Sapata,que significa ‘Dono da Terra’; já os Iorubás o chamam Obaluaiê e Omolu.
Toda a reflexão em torno de Omolu ocorreu colocando-o como um orixá ligado à terra, o que é correto, mas não deixa de ser um erro desconsiderar a sua relação com o fogo do interior da terra, com as lavas vulcânicas, como os gases etc. o que pode ser mais devastador que o fogo? Só as epidemias, as febres, as convulsões lançadas por ele.
Omolu nasceu com o corpo coberto de chagas e foi abandonado pela sua mãe, Nanã, na beira da praia. Nesse contratempo, um caranguejo provocou graves ferimentos na sua pele. Iemanjá encontrou aquela criança e criou-a com todo amor e carinho; com folhas de bananeira curou as suas feridas e pústulas e transformou-a num grande guerreiro e hábil caçador, que se cobria com palha-da-costa, não porque escondia as marcas de sua doença, como muitos pensam, mas porque se tornou um ser de brilho tão intenso quanto o próprio sol.

Guias, o que são?


São chamados de guias os colares usados pelos médiuns durante as sessões e giras e também utilizadas pelos filhos da casa representando os seus Orixás, variando a cor conforme a Linha na qual o espírito atua, a considerar:
Linha de Oxalá = Contas Brancas (Candomblé e Umbanda)
Linha de Ogum = Contas Azuis escuras (Candomblé) Vermelhas, podendo ser Vermelhas e Brancas (Umbanda)
Linha de Oxóssi  = Contas Verdes (em alguns casos contas Azuis claras leitosas também são utilizadas - Candomblé)/ Verde (Umbanda)
Linha de Oxum = Contas Amarelas (Douradas) - Candomblé, Azuis-escuras(Umbanda)
Linha de Xangô = Contas Marrons (Candomblé e Umbanda)
Linha de Iansã/Oyá = Contas Rosas (em alguns casos Vermelhas e Laranjas) - Candomblé/ Amarelas (Umbanda)
Linha de Nanã = Contas Lilás (Candomblé), Roxas (Umbanda)
Linha de Omolu = Contas Brancas e Lilás (Candomblé), Roxas (assim como a da Linha de Nanã), podendo ser também Pretas e Brancas (Linha de Preto-Velho) - Umbanda
Linha de Iemanjá = Contas Azul claro (em alguns casos contas Brancas e Azuis) - Candomblé, Azul-claro ou Cristal (Transparente) - Umbanda

Estes “colares” são verdadeiros pára-raios em defesa dos os médiuns. É um objeto no qual os Guias* e Protetores imantam com determinadas forças para servirem de instrumentos em ocasiões precisas.
A Guia é então, uma das muitas ferramentas utilizadas pelo médium que serve como defesa deste que, muitas vezes, se vê obrigado a entrar em contato com energias às quais ele não poderia suportar, daí a explicação para as guias que arrebentam de repente. Por ser de material altamente atrativo, a guia recebe toda a carga negativa que foi direcionada ao médium e arrebenta.
A guia não serve somente como proteção do médium. Esta tem muitas outras utilidades como, por exemplo; -serve como instrumento de ligação psíquica entre Médium e Espírito, -serve como instrumento de tratamento, -serve como material de trabalho das Entidades, atraindo ou emitindo energias e etc.


*Também são chamados Guias os espíritos que se manifestam nas reuniões e/ou giras.
-Caboclo, Pretos Velhos, Boiadeiros...
***Falaremos sobre esse tópico em outra postagem.***

O que é macumba?



Macumba é uma espécie de árvore africana e também um instrumento musical utilizado em cerimônias de religiões afro-brasileiras, como o candomblé e a umbanda. O termo, porém, acabou se tornando uma forma pejorativa de se referir a essas religiões - e, sobretudo, aos despachos e rituais das mesmas.
Sendo tocada e/ou ministrada pelos Ogãs nos terreiros.




As religiões de matriz africana foram incorporadas a cultura brasileira desde há muito, quando os/as primeiros/as escravizados/as desembarcaram no país e encontraram em sua religiosidade uma forma de preservar suas tradições, idiomas, conhecimentos e valores trazidos da África.

Não à intolerância e ao preconceito!


A intolerância religiosa é um conjunto de ideologias e atitudes ofensivas a diferentes crenças e religiões. Em casos extremos esse tipo de intolerância torna-se uma perseguição. Sendo definida como um crime de ódio que fere a liberdade e a dignidade humana, a perseguição religiosa é de extrema gravidade e costuma ser caracterizada pela ofensa, discriminação e até mesmo atos que atentam à vida de um determinado grupo que tem em comum certas crenças.
As liberdades de expressão e de culto são asseguradas pela Declaração Universal dos Direitos Humanos e pela Constituição Federal. A religião e a crença de um ser humano não devem constituir barreiras a fraternais e melhores relações humanas. Todos devem ser respeitados e tratados de maneira igual perante a lei, independente da orientação religiosa. 
O Brasil é um país de Estado Laico, isso significa que não há uma religião oficial brasileira e que o Estado se mantém neutro e imparcial às diferentes religiões. Desta forma, há uma separação entre Estado e Igreja; o que, teoricamente, assegura uma governabilidade imune à influência de dogmas religiosos. Além de separar governo de religião, a Constituição Federal também garante o tratamento igualitário a todos os seres humanos, quaisquer que sejam suas crenças. Dessa maneira, a liberdade religiosa está protegida e não deve, de forma alguma, ser desrespeitada.

É importante salientar que a crítica religiosa não é igual à intolerância religiosa. Os direitos de criticar dogmas e encaminhamentos de uma religião são assegurados pelas liberdades de opinião e expressão. Todavia, isso deve ser feito de forma que não haja desrespeito e ódio ao grupo religioso a que é direcionada a crítica. Como há muita influência religiosa na vida político-social brasileira, as críticas às religiões são comuns. Essas críticas são essenciais ao exercício de debate democrático e devem ser respeitadas em seus devidos termos.



A falta de crença também não deve constituir motivo para discriminação ou ódio. Não se deve ofender ou discriminar ateus ou não-religiosos. Um crime causado por tal motivo representa uma séria agressão às liberdades de expressão e opinião e, assim sendo, deve ser denunciado da mesma maneira que todo crime de ódio.





Como Identificar



Há casos de explícita agressão física e moral a pessoas de diferentes religiões, levando até mesmo a homicídios. Entretanto, muitas vezes o preconceito não é mostrado com nitidez. É comum o agressor não reconhecer seu próprio preconceito e ato discriminatório. Todavia, é de fundamental importância a vítima identificar o problema e denunciá-lo. 
O agressor costuma fazer uso de palavras ofensivas ao se referir ao grupo religioso atacado e aos elementos, deuses e hábitos da religião em questão. Há também casos em que o agressor desmoraliza símbolos religiosos, queimando bandeiras, imagens, roupas típicas e etc. Em situações extremas, a intolerância religiosa pode se tornar uma perseguição que visa o extermínio de um grupo com certas crenças, levando a assassinatos, torturas e enorme repressão.